Eis uma boa notícia: a cerveja do Sudoeste prima pela qualidade. Sim, é a melhor da Península Ibérica. Aliás: é a melhor cerveja do Hemisfério Norte. E abunda em todo o lado. Apesar dos trinta e tal graus, José Maria (na foto) carrega 20 quilos às costas durante oito horas por dia. A sua missão é evitar desidratações com uma arca e uma mangueira que serve cerveja. Até aqui tudo bem. Mas eis, então, a má notícia: cada copo de líquido loiro custa a exorbitante quantia de 1,5 euros. Semelhante ganância em nome do vil metal merece ser combatida pela juventude explorada que se vê à rasca para pagar bilhete, viagem, alimentação e sabe-se lá que mais. Sedentos deste mundo, uni-vos!
Cristiano Pereira
O Sudoeste é por natureza um festival de praia. Sempre que o sol nasce e verte raios para o campismo, torna-se insuportável permanecer no interior da tenda – o calor é imenso. Como tal, há que apanhar um dos autocarros gratuitos para a praia da Zambujeira. O cenário é este: uma enchente no areal. A turba tosta o corpinho por entre mergulhos, meteóricas bolas de volleyball ou o toc toc das raquetes de madeira. Não falta quem leia os jornais desportivos e se regozije com as manchetes das novas contratações do Benfica. "Este ano vamos ganhar tudo", sonha, como todos os anos, esta nação benfiquista – mas isso, claro, dura apenas até acabar a época balnear. É sempre assim, não é?
Cristiano Pereira
Cambaleante o moço anda de megafone na mão zigue-zagueando pelo campismo. Vocifera postas de pescada de elevado teor poético como "O ananás não é uma banana". Ou outras de fazer inveja a um Quim Barreiros qualquer. É o Guilherme Macedo, 18 aninhos, e vem de Cascais. Ele faz sucesso. Vejam o que lhe aconteceu: passou uma miúda "podre de boa" (as palavras são dele) e Guilherme, zoing!, vociferou ao megafone: "Sim senhora!". A rapariga reagiu: "Oh, tu não és meu primo?".Guilherme conta-nos: "Já viste? Era uma prima minha que não via há mais de 10 anos!". Ora bem.
Cristiano Pereira
É um lamento, sim, mas é também um apelo desesperado de quem perdeu algo que lhe é importante. A mensagem escreve-se em letras garrafais e está exposta logo à entrada do acampamento. O JN moveu diligências no sentido de resolver o problema do festivaleiro mas a organização disse-nos que não há banca de perdidos e achados. Como tal, todo aquele que possua informações válidas que conduzam ao seu aparecimento, será recompensado com um exemplar grátis da edição de hoje do Jornal de Notícias. Digam coisas.
Cristiano Pereira