Como se o exorbitante euro e meio que pedem por cada cerveja não bastasse, o JN deparou-se com uma realidade cruel. Há bares - não todos, é certo - que optam por não encher o copo na sua totalidade. A sério. Entre a espuma da cerveja e o bordo do copo existem dois centímetros e meio de vácuo. Cena estranha. A que se deve? Um dos funcionários do bar justificou-se: "Tenho ordens para isso". E quem lhe deu a ordem? Resposta pronta: "Foram os gajos da Super Bock". Ora, nada nos move contra a Super Bock, claro. Mas este tipo de ganância pode ser um tiro que lhes sai pela culatra - e não tarda andaremos aí todos a desejar Sagres. Copos cheios, sem esquemas.
Cristiano Pereira
Eis uma boa notícia: a cerveja do Sudoeste prima pela qualidade. Sim, é a melhor da Península Ibérica. Aliás: é a melhor cerveja do Hemisfério Norte. E abunda em todo o lado. Apesar dos trinta e tal graus, José Maria (na foto) carrega 20 quilos às costas durante oito horas por dia. A sua missão é evitar desidratações com uma arca e uma mangueira que serve cerveja. Até aqui tudo bem. Mas eis, então, a má notícia: cada copo de líquido loiro custa a exorbitante quantia de 1,5 euros. Semelhante ganância em nome do vil metal merece ser combatida pela juventude explorada que se vê à rasca para pagar bilhete, viagem, alimentação e sabe-se lá que mais. Sedentos deste mundo, uni-vos!
Cristiano Pereira